Não serei mais humilde
Não serei mais modésta
Não serei mais discreta...
Não serei mais o último arroz de festa.
Tanta polidez em vão
Tanta virtude, tanta erudição.
Não serei mais uma menina flor
Não brincarei mais com o que causa dor.
Agora vou me entregar
Ao extraordinário
Que é valorizado
Que é explorado
Que é de bom grado.
Serei uma menina mil
Cheia de artimanhas
Esperta como deve ser
Uma menina do Brasil.
(Mariana L. de Almeida)
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