quinta-feira, 31 de março de 2016

Pseudônimo.



Por que criar um pseudônimo?
Várias personalidades, transtorno?
Por que uma só pessoa não dá conta?...
Por que vários como fez Pessoa?

Que audácia!
Uma só voz não poder revelar-me
Uma só mão não poder sangra-me
Uma só alma não poder poetar-me

Por que criar um pseudônimo?
Para contar o que eu já não sei?
Para denunciar os crimes que calei?
Para amar o que em mim matei?



(Mariana Lima de Almeida).

terça-feira, 29 de março de 2016



Ser Poeta

Sim, porque a palavra poeta
É feminina para ele ou ela
Poetisa quem sabe um dia.


segunda-feira, 28 de março de 2016

Morte.

Morte.
Não há mais nada a ser feito diante da morte
Não há mais nada a ser dito diante da morte
Não há mais nada a ser chorado diante da morte...
Só há silêncio.
De tudo o que foi em vida
De tudo que lutou e amou
De tudo que viveu e doeu
De tudo que a paixão devorou
De tudo que a vida impulsionou
Resta agora o silêncio.
Nenhum múrmurio
Nenhum lamento
Nenhum grito
Nenhum alerta
Nenhum último verso
Nenhuma nova ideia
Nada.
Só há silêncio.
Enfim uma voz que repousa
Enfim um corpo que descansa
Enfim uma mente que não mais sente
Enfim o fim das paixões!
Silêncio.
Somente silêncio
E uma porção de sentimentos
Deixados na poeira do tempo
Para nunca mais.



(Pseudônimo Natasha Poetry).

terça-feira, 22 de março de 2016

Ele dizia.

Ele dizia que nas redes sociais
Ninguém era de verdade
Eram todos meio forçados
Estereótipados
Mensagem subliminar
Só eu não pude decodificar
Ao falar dos outros
Ele falava dele.

(Mariana Lima de Almeida).

Saudações ao capitalismo.

Saudações ao capitalismo.
Não são maravilhosas
As invenções tecnológicas?
Eles vendem tudo...
Que não precisamos para ser feliz.
Eles criam as armas
E vendem os curativos.
Eles não falham nunca.
Não são maravilhosas
As drogas institucionalizadas?
Fluoxetina X Cocaína
Na luta pelo ranking mundial.
Eles criam o sistema
E não perdem nunca.
O plano é perfeito!
Eles trancam todas as portas
Mas vendem uma saída.
O preço é inacessível.
E novas portas são trancadas
Para o caminho da felicidade.
Felicidade vendida
Felicidade inacessível
Felicidade perdida.
E o sistema continua
nos ganhando sempre
Exército do Mal
Que propaga a doença
De uma vida sem sentido.
Eles guardaram as chaves
No fundo de um porão
Eles prenderam as pessoas
Para sempre na prisão
Eles transformaram o planeta
Em um monte de carvão.



(Pseudônimo - Natasha Poetry).

Sonhos.

Não quero carregar
Sobre os ombros
Os sonhos de ninguém
Os meus já abandonei faz tempo
Sim, é triste eu sei...
Mas que alívio!





Mariana Lima de Almeida